CANTO CALADO

Os ecos repicando lá no baixadão,
Quais pássaros voando nas asas do som;
A voz deu liberdade para eles no espaço,
Adejam sem estarem presos num compasso!

A palavra distribui as sílabas em bis
Que vão se repetindo nas ondas do vazio –
Revoada no silêncio que se faz ouvir
Pelos vales qual trilha sonora sobre o rio!

Para um solitário, soa no coração,
O chôro que ressoa, em soluços de paixão;
Voeja dentro dele, o sentimento magoado,
Ave no cativeiro, canta no peito calado!

Escrito por:
Aparecido Sávio
Alex Sávio
Jundiaí – São Paulo