RUBRÍCA VAZIA

O riozinho foi assoreando,
E contrariado desistindo,
Do seu encontro com o mar –
E ao espraiar reconheceu,
Infelizmente era o adeus,
No barro viu o sonho agonizar;
Com o tempo a umidade foi sumindo
E com ela as borboletas também,
O solo em rachaduras se ornando
Fim da luta. O mal venceu o bem!

Tornou-se um caminho de areia,
Secou mais uma das veias,
Que DEUS criou pro chão –
Quando o sol beija a brancura,
Pensa em cada criatura,
Que perdeu a vida sem compaixão;
As plantas que restaram às margens
Choram em vossa respiração,
Saudade da beleza da paisagem
E do amigo, que forjava vosso pão!

O homem olha a cicatriz
Que se formou na Natureza,
E foge da reflexão –
De que os seus passos e mãos –
Também assinam essa tristeza!

Escrito por:
Aparecido Sávio
Alex Sávio
Jundiaí – São Paulo