A tristeza do trinado, de um sanhaço na prisão,
Em parte eu conheço, porque tenho o coração;
Na cela da saudade, pulsando a pão e água,
Se nega para o chôro, mas me faz cantar a mágoa!
Este pássaro só tem o espaço da gaiola,
Já eu tenho a liberdade, mas isso não consola;
Quem caiu no alçapão de um olhar apaixonado,
E depois ficou refém, do amor deste alguém
Que me faz seu condenado!
Sou uma presa no desprezo
De quem me caçou pra nada,
O que fez foi me prender –
No vazio desse viver –
Sem margem na estrada!
Escrito por:
Aparecido Sávio
Alex Sávio
Jundiaí – São Paulo