UM BORRALHO

Depois que apaga o candeeiro
Por algum tempo
Ele conserva o calor –
Mas com um corpo é diferente
Quando o fogo
De sua luz é o amor!

Ela deixou-me no escuro
Mas há um braseiro no peito
Que basta a brisa da saudade
Para fazê-lo fumegar –
Quentura que não me deixa
E aumenta quando é inverno,
Meu coração sente o inferno,
Arder em si e queimar;
O alimento desta chama
É o desejo de te amar,
Que me fará virar cinzas
Se essa mulher não voltar!

Escrito por:
Aparecido Sávio
Alex Sávio
Jundiaí – São Paulo