Vendinha de beira de estrada, largada na orla do tempo,
Parada dos velhos carreiros, amigos do chão poeirento;
Pousada das aves noturnas, que juntas agouravam o dia,
Cantando num tom tristonho, àquele lugar sem poesia!
À noite o vento chorava e o pó levantava do chão,
E a lua tão só no relento, mandava seu brilho em vão;
Parece que a vida vivia, temendo a luz do amanhã,
Flores ali não ganhavam, nenhum beija-flor como fã!
Os êrmos daquele recanto, deixavam o sol assustado,
O mundo deixara pra trás, aquele sertão no passado;
Quisera que este pedaço, de espaço morresse em silêncio,
E hoje através da saudade, revive nas vezes que penso!
Escrito por:
Aparecido Sávio
Alex Sávio
Jundiaí – São Paulo