MARISCO

As ondas do destino me tomam por marisco
E me jogam contra as rochas da vida –
Os ventos dos enganos acham que sou cisco
E me levam feito uma folha perdida!

Já não dá pra contar nos dedos, os desenganos que eu tive,
Desisti de guardar segredos, quem age assim acho que não vive;
E por ser um livro aberto, os meus amigos vivem dizendo,
Não é o sol que faz o deserto –
Se és vazio é por serdes incerto –
Com as coisas que andas fazendo!

A incerteza não é o meu mal, pois não é normal no ser humano,
O que pra mim não é natural, é ser um escravo dos desenganos;
Arrebentam com meus sonhos e mesmo assim a esperança,
Abre caminho por onde vou –
E sempre está onde eu estou –
É meu escudo e minha lança!

Escrito por:
Aparecido Sávio
Alex Sávio
Jundiaí – São Paulo