Com o violão no peito, o velho poeta lamenta –
Que a inspiração migrou, pois sua mente está lenta;
Há um excesso de saudade, feito fungos no coração –
Emperrando os batimentos,
Sente que o sofrimento,
Quer parar a pulsação;
Circula um fogo nas veias, queimando a sua razão –
E ela entende que falta, na vida dele uma paixão!
Deixou de ser seresteiro e frequentar a boemia –
No quintal do pensamento, já não floresce a poesia;
Fere as cordas tentando, criar alguma melodia –
Mas nem o sol do instrumento
Quer brilhar pro seu dia!
Escrito por:
Sávio Estrela
Alex Sávio
Jundiaí – São Paulo