MESMO ASSIM EU QUERO

É muita flor pro meu colibri, é muito chão para eu plantar –
É muito céu para um mortal, que já nasceu com o dom de pecar;
É muito mar para o meu barquinho, é muita tela pra mim pintar,
É muito sol pro meu girassol, que gira sob a luz deste olhar!

Mas eu quero mesmo assim, fazer mel nesse pendão,
E no seio dessa terra, semear todos os grãos;
E como sou pecador, como tal eu vou viver,
Navegando sobre as águas, da emoção e do prazer;
Vou deixar minha pintura, neste corpo desenhado,
E seguir os passos teus, olhos sempre iluminados!

Escrito por:
Sávio Estrela
Alex Sávio
Jundiaí – São Paulo