CACHOEIRA

Um sentimento qual uma nuvem pequenina,
Num firmamento onde o sol não predomina;
E foi crescendo cobrindo a minha imensidão,
E de repente tornou-se chuva no meu chão;
E a enchente tomou o vale do meu peito,
E transformou em cachoeira o manso leito;
Onde o coração sonhava com o remanso melodioso,
Das águas que ali passavam em passos lentos, sonorosos!

Mas o vento da lembrança não pára de trazer,
Outras nuvens e a saudade não quer deixar
Os meus olhos pararem de chover;
O coração foi arrastado e rio abaixo vai deixando,
Pedaços por todos os lados, está morrendo arrebentado
Por onde vai passando –
E com ele a minha vida, também está me levando!

Escrito por:
Sávio Estrela
Alex Sávio
Jundiaí – São Paulo