EU ME DESTRUÍ

A mágoa que guardei, me deixou amargo,
A vida virou fel, que vivendo eu trago;
O ódio e o rancor, como dois espinhos,
Afastaram quem sonhou, com o meu caminho!

Tomado de tristeza e carente de carinho,
A ave da esperança, não quis fazer ninho;
No fundo do meu peito e me abandonou,
Nem mesmo a saudade, por aqui ficou!

O silêncio e o vazio, fazem o panorama,
Do mundo ao meu redor, sou caule sem rama;
Como pode um botão, vir a primaverar,
Se a planta é só tronco, condenado a tombar!

Escrito por:
Sávio Estrela
Alex Sávio
Jundiaí – São Paulo