TOADA TRISTE

A tarde é uma toada triste, tocada pelo tempo –
Nem mesmo os olhos do sol, resiste ao sentimento;
Que o entardecer espalha, qual som nos ares do espaço –
E na quietude da paisagem, que sente o derradeiro abraço!

E quando a Juriti gorjeia, fazendo a sua despedida –
O poente com a face vermelha, acena com a emoção contida;
Mais um adeus que a Natureza, assiste entre a luz e o dia –
Mais um olhar que se apaga, mais uma página virada
Mais uma canção que silencia!

A tarde é o chôro do silêncio, soluço em melodia –
Na partitura do arrebol, que os raios criam;
E essa letra é cifrada, pela última centelha –
Que olha essa canção rimada e nela se vê, se espelha!

Escrito por:
Sávio Estrela
Alex Sávio
Jundiaí – São Paulo