Uma raiz sem chão, beijada pelo sol –
Cruel da solidão, sem luz em seu farol;
Feito Perdiz no faro, de um Perdigueiro atroz –
Sujeita ao disparo, do caçador algoz!
Um pião sem fieira, rolando no vazio –
Não sonha mais rodar, seu dono desistiu;
Qual pipa enroscada num fio ou num galho –
Que vai sendo dizimada, ficando aos retalhos!
É meu coração menino, que pediu pra não crescer –
Com medo do próprio destino, que faz a vida padecer;
Mas quando brincou na ciranda, formada pelos sentimentos –
Conheceu uma força estranha, sentiu-se de maior na entranha
Mas se apequenou com o tempo!
Escrito por:
Sávio Estrela
Alex Sávio
Jundiaí – São Paulo