A planta do pé não primavera, a fruta do conde não é a condessa,
A crista do galo é a sua coroa, o terno do jogo não se avessa;
O fio da meada ninguém enrola, na trilha do som só andam as notas,
No globo do olho não existe água, o verde da esperança também desbota!
O sol do instrumento não faz o luar e a lua de mel começa na cheia,
Se a madrugada faz o galo cantar, é inspirada no mar que canta a sereia;
A asa do anjo não perde a pena, com o pássaro-preto não há preconceito,
Como é interessante a bananeira, possui coração, mas não tem peito!
A chama da vela dança com o vento, a pedra é quem faz a beleza do anel,
João-de-barro é o pedreiro que DEUS escolheu, para representar os obreiros no céu;
O raio de ação não vem do trovão, a onça pintada não é perigosa,
A flor do cacto não teme o estio e a dama-da-noite cheira mais que a rosa!
A pedra do rim não vem da pedreira, a pedra do raio não vai pro moinho,
A cana do braço não possui gomos, é o nosso passo que faz o caminho;
A rosa dos ventos não é pra jardim, a enxada tem olho, mas cega o corte,
O cruzeiro do sul no canto do espaço, não significa rastro da morte!
Escrito por:
Sávio Estrela
Alex Sávio
Jundiaí – São Paulo