POR CAUSA DELA

Por causa dela eu perdi a estribeira,
E rodei feito um pião sem a fieira;
Não apanhei e não bati em retirada,
Arrisquei perder o passo, mas não deixei a estrada!

Ela chegou e me chamou para dançar
E quando entrei no embalo da canção,
Ela me disse que era melhor parar
Porque no ar tinha cheiro de confusão;
Ao perguntar-lhe a razão da sua cisma
Ela apontou pra um cara mal encarado,
Dizendo aquele é primo carnal do cão
Infelizmente ele já foi meu namorado!

E não deu outra, o sujeito me olhou
E fez sinal que o bicho ia pegar,
Eu respondi com um gesto conhecido
Que ele viesse, pois eu ia lhe esperar;
E quando ele apagou o lampião
Eu já estava a um passo do infeliz,
Que apanhou mais do que pandeiro no forró
Não me pediu, mas a surra teve bis!

Escrito por:
Sávio Estrela
Alex Sávio
Jundiaí – São Paulo