Era a minha noite de sorte, fui entrando e sendo convidado,
Pra dançar com a rosa do salão, nesse instante eu me senti perfumado;
Ela solitária em seu canteiro, sem nenhum beija-flor ao seu lado,
Me olhou com um olhar morteiro, qual lança envenenada
A arma do apaixonado!
Três modas foi o bastante, para ela me arrastar dali,
E levar-me pra ver o horizonte, onde o sol não pode entrar, nem sair;
Como um jardineiro sem preguiça, eu tratei de cuidar daquela flor,
E zelando pétala por pétala e fui interrompido
Quando sentia seu calor!
Eu já estava no meio da corola, quando o dono do jardim apareceu,
Dizendo que a roseira era dele, se eu plantei, quem colhe sou eu;
Respondi que estava cultivando, a parte onde seu trato não valeu!
Escrito por:
Sávio Estrela
Alex Sávio
Jundiaí – São Paulo