Deixei de ser palhaço, perder tempo com quem –
Crucifica meu abraço, não me chama de seu bem;
Deixei de ser trincheira, viver te defendendo –
Ela não vive pra mim e eu por ela morrendo!
Cansei de ser estepe, quebra-galho de plantão –
Vou viver mais pra mim, não matar meu coração;
Com essa vida sem vida, que eu levava por ela –
Vivendo sempre o vazio, no mundo avêsso dela!
Deixei de ser cordeiro, seu rebanho é passado –
Nunca fui o primeiro, o último a ser chamado;
Tudo o que destes foi nada, vivestes pra mim em vão,
Deixei a sua estrada, pra não ficar sem chão!
Escrito por:
Sávio Estrela
Alex Sávio
Jundiaí – São Paulo