ASSINANDO A VOCAÇÃO

Escrever uma história, inspirada na vida
Geminada com outra, é necessário o teor,
Que não é forjado nos heróis que se criam
Mas é delineado na capacidade do amor;
Ele feito Cuitelo, apaixonado pela Columeia
Imagina o castelo que o sonho já edificou,
E dentro dele a mobília dos sentimentos
Ornamento aprovado pelo coração sonhador!

Engendra o verso pensando na ode
Arquiteta a estrofe, desenhando a poesia,
Espera ser pai e busca no ventre que ama
O espaço pro sol nascer e trazer o dia;
Na forma humana de um anjo abençoado
Que ilumina o mundo do casal que projetou,
Essa felicidade que desabrocha chorando
Mas será o sorriso que a família cultivou;
Nas preces dirigidas ao bom DEUS Criador!

Vocação que torna o homem um senhor
E chama pra si os contornos de beleza,
Que ela moldura nesse quadro paternal
Réplica divinal numa pecadora Natureza;
Ser Pai é o passo que liga duas gerações
É fazer verão com a andorinha escolhida,
No céu unificado pelo par de paixões
Que rendem a razão de dar luz colorida;
Para o rebento na terra a ele prometida!

O pai é o espelho que o pranto pode embaçar
Ou uma bandeira que pode ser enrolada,
O choro é lição que não pretende ensinar
Luta para ter a imagem sempre hasteada;
De Adão a José, nessa linha do tempo
Ele molda o papel vivendo a sua lida,
A herança maior que deixa para o filho _
É o seu nome na retidão dos trilhos _
Honra e carácter, timbrando a sina vivida!

Escrito por:
Sávio Estrela
Alex Sávio
Jundiaí – São Paulo