Pendurei a enxada
Encostei o arado,
Aportei o barco
Sonhava ser mestrado;
Nas palavras que lavram
E sulcam o coração,
Que se tornam remos
Para a fé do cristão!
Os passos tinham o caminho
E no olhar o horizonte,
Mas o sol da esperança
Não surgia nos montes;
O peito era um deserto
Com tempestades de areia,
Eu não sentia o sangue
Mover a vida nas veias!
Mas foi este instrumento
Forjado em letras e som,
Que entrou pelos ouvidos _
E dominou os sentidos _
Me inspirou a oração;
Catequizei a alma
Hoje tenho religião!
Escrito por:
Sávio Estrela
Alex Sávio
Jundiaí – São Paulo