A mamoneira fornecia
O azeite para a lamparina,
Suspensa numa cantoneira
Me enfumaçando as narinas;
Sob sua chama oscilante
Queimando o pavio de algodão,
O estudante mudava o passo
Na estrada obscura da lição!
Lá fora na Santa Bárbara
O gorjeado do corrupião,
Era a mensagem de alento _
Para o mancebo sedento
Pra ter o diploma na mão;
E quando chegava o sono
Nos portais do seu olhar,
Debruçava sobre a mesa
E dormia sem prefacear!
E na nave de Morfeu
Sonhava durante a viagem,
Num universo de mistérios
E uma intrigante paisagem;
Mas um anjo me acordava
A santa mãe dos meus dias,
E me levava pra tarimba
Pra que a bagagem do cansaço
Pudesse amanhecer vazia!
Escrito por:
Sávio Estrela
Alex Sávio
Jundiaí – São Paulo