A fumaça sufoca os ares
Se envolve com o vento e vai,
Maculando o céu dos lugares
Qual um véu que no espaço se faz;
Avermelha o rosto do sol
Tira o brilho dos olhos do dia,
Pois apaga o lustre da luz –
Qual olhar que já não reluz –
Sem o espelho do encanto e a magia!
A fumaça se desfaz por si mesma
Mas depois de deixar a amplidão,
Afogada em suas ondas sombrias
Um reflexo da própria escuridão;
Sua sombra quer ser imponente
Qual na mente deseja a lembrança,
Espalhar-se qual nuvem e fazer –
A saudade chegar pra chover –
Pelos olhos a desesperança!
Os meus olhos também já estiveram
Embaçados por uma nuvem assim,
Que me fez chorar muitas vezes
Tristeza que chovia dentro de mim!
Escrito por:
Sávio Estrela
Alex Sávio
Jundiaí – São Paulo