Não é flor de vaso
Nem mesmo de canteiro,
Não é planta de jardim –
Seu habitat pra mim –
É incerto, sem roteiro;
Não se deu bem na varanda
De um coração que lhe amava,
Não se acostumou no quintal
De alguém que lhe cultivava!
Nas vezes que floresceu
Nenhuma foi por amor,
Foi pelo instinto da seiva
Que nela DEUS colocou;
Não é emoção maturada
O seu prazer só se limita,
Fluir como um olho d’água –
Que por natureza deságua –
Pois gozar o corpo não evita;
O chão lhe oferece tudo
Mas as raízes não fixam!
Escrito por:
Sávio Estrela
Alex Sávio
Jundiaí – São Paulo