A vela quando termina de queimar,
Deixa um cheiro forte no ar,
Impregna o ambiente –
O amor quando acaba no coração,
Deixa um aroma de solidão,
Que sufoca a gente!
Os restos do círio
Que ficam no castiçal
Vai da faxina pro lixo
Como tem que ser feito –
No entanto as sobras
Dos sentimentos que findam
Se transformam em pedras
E rolam pelo peito!
A angústia martela
E a saudade lateja
Parece que as lembranças
São ínguas inflamadas –
As estrelas do rosto
Vão do cintilo ao chôro,
A tristeza dá decôro,
Numa vida amargurada!
Escrito por:
Sávio Estrela
Alex Sávio
Jundiaí – São Paulo