Os cacos do pote
Ainda rolam junto à bica
Neles vejo os pedaços
Do meu pobre coração –
Quebrado pelo adeus
Que fluiu da boca mimosa
Que dos beijos fez isca
Pra me prender na paixão!
Toda tarde buscava água
Com uma talha de barro
E se banhava na caída
Da bica feita de coqueiro-
Foi assim que a conheci
E ao mesmo tempo passei
A me procurar no abraço
Daquele anjo brejeiro!
Um dia o pote quebrou
E o seu encanto também,
Fim de um amor votivo
Que não teve nosso amém;
Ela entendeu que a vida
Não tinha o tom rosado,
E não deu vale pra fonte
Do sonho deste apaixonado!
Escrito por:
Sávio Estrela
Alex Sávio
Jundiaí – São Paulo