VIDA NA ROÇA

Vivendo na roça
Não conheci a saudade
Talvez a palhoça
Não tinha requinte pra ela –
E nem a natureza
Chamava a sua atenção
A paz floria
Sem sentir a presença dela!

Mas eu mudei pra cidade
E no final do mesmo dia,
O meu coração já batia,
Oscilando sob seus efeitos –
E já na primeira noite
Meu olhar também serenou,
Essa malvada me encontrou,
E ficou morando no peito!

Voltar pro sertão
É o que peço a DEUS
Para desencarnar
Este sentimento sombrio
Pisar naquele chão
Com o qual me identifico
E fazer poeira
Pra afogá-la em seu ar vazio!

Escrito por:
Sávio Estrela
Alex Sávio
Jundiaí – São Paulo