Na ponta do lápis
Do meu sonho tracei,
Os contextos da vida
Em versos rabisquei;
Despejei a esperança
Qual arroio a buscar,
O direito de sentir
A realidade ondular;
O seu desejo pra quem
Sonha com seu pulsar,
Como se ela tivesse
Um coração feito mar!
Mas o fervor desenhado,
Aos poucos foi apagado,
Pela goma da desilusão-
Cada palavra riscada
Teve as letras varridas
Na praia da frustração;
Ainda existem borrões
De tudo que eu sonhei,
Deixando rastros na areia-
Marcas que se assemelham-
Com o pranto que chorei;
Nuvem com pingos frios,
No meu chão vazio!
Escrito por:
Sávio Estrela
Alex Sávio
Jundiaí – São Paulo