O copo está pela metade, sem ter fim,
E sinto que sou assim, como ele, então,
Incompleto, sempre na margem, com barco e sem remo,
Nem cheio, nem vazio, apenas um meio termo.
Luto com minhas qualidades e defeitos,
Talvez mais falhas que brilhos perfeitos.
Talvez eu seja o copo que se adapta ao vazio,
E mesmo assim, sinto-me perdido e frio.
Nunca serei pleno, mesmo se transbordar,
Um copo cheio pode um dia se quebrar.
O vazio é um peso que não sabe amar,
E o meio… sempre a faltar.
Parece que sou o copo meio vazio,
E não há truque que possa enganar,
Diz que sou o suficiente, mas sinto o frio,
No reflexo, meio vazio, a persistir sem parar.
Escrito por:
Sabrina Stargazer
Jundiaí – São Paulo