A TUA MANSIDÃO

De manhã o calor do sol
É manso tal qual alguém,
Que nunca me deixa aqui
Pra ir repousar no além;
E como as ramas se tocam
Fazendo os gostos do vento ,
Também em nome do ensejo –
Tocados por nossos desejos –
Nos tocamos a todo momento!

A onda do som reproduz
O eco num espaço vazio,
É assim que nós repetimos
A chuva do amor sem estio;
A gota de orvalho escorrega
Da flor, ao talo e pro chão,
Tal qual no peito deslizam
Os pingos de uma paixão!

Escrito por:
Aparecido Sávio
Alex Sávio
Jundiaí – São Paulo