ROSEIRA

Ela fez do sorriso, uma isca fatal,
E eu inocente caí, tal qual um pardal;
Que cai na armadilha, do canto melodioso,
De um pássaro negro, um imitador misterioso!

O pardal é atraído, por um gorjeio igual ao dele,
E se deixa levar, pelo desejo de encontrar –
Quem está chamando por ele;
Mas quando ele percebe, já está nas garras dessa ave,
Que fecha sua vida, com uma morte sofrida
A mais cruel das chaves!

Eu também fui induzido, por uma rosa semi-aberta,
E fui embriagado, por um perfume adocicado
Mas foi tardia a descoberta;
O seu corpo transformou-se, numa roseira só de espinhos,
Eu tive ferimentos, que calaram meus sentimentos
Estou morrendo sozinho!

Escrito por:
Sávio Estrela
Alex Sávio
Jundiaí – São Paulo