Ela não sabe dançar devagarinho, trocar carinhos dentro do compasso –
Não aprendeu pôr curvas no caminho, sem se perder ao mudar o passo!
E dessa forma na metade da canção, o seu umbigo já estava molhadinho –
O suor descia pelo vale da ilusão, qual um rio entre as margens da paixão
Buscando o mar da emoção, feito a ave rumo ao ninho!
Ela me deixa com vontade de molhar, o meu desejo na umidade dela –
Não sou capaz de frear o impulso e me solto feito carro na banguela!
E dessa forma o que era pra ser dança, acaba em transa num quarto de motel –
E ali rola um balanço que balança, o sonho preso na rama da esperança
E a flor solta a fragrância, deixa o néctar virar mel!
Escrito por:
Sávio Estrela
Alex Sávio
Jundiaí – São Paulo