Quando a gente faz amor ao som da chuva
Parece que o silêncio vai sendo bordado,
Pela goteira ou pelos pingos mais suaves
Bordão e prima de um violão sendo tocado;
Pelo senhor dos menestréis e seresteiros
Lá na varanda onde o sol todos os dias,
Vai descansar da lida qual um boiadeiro _
Que faz do vento o seu peão mais ligeiro _
Para apascentar as nuvens arredias!
O nosso quarto ganha um clima diferente,
Ais e gemidos são floreios que a gente,
Vai colhendo das cordas sentimentais _
Embora o som seja de notas vocais _
Dois amantes se tornam instrumentais _
Quando o amor toca corpo, alma e mente!
Escrito por:
Sávio Estrela
Alex Sávio
Jundiaí – São Paulo