Na vista de todos
Ela me revista,
Acha pouso na pista,
Da desconfiança –
Feito cão fareja
Cheira minha roupa,
Se eu dormir de toca,
Nosso amor balança!
Sou mais prevenido
Que gato escaldado,
Mais desconfiado,
Que bode perto d’água –
Eu sou precavido
Pois um passo em falso,
É tirar o calço,
E a casa desaba!
Não a recrimino
Afinal sou dela,
É em sua janela,
Que o meu vaso fica –
E pra compensar
Todo o seu cuidado,
Tomo o seu costado,
E o cipó estica!
Escrito por:
Sávio Estrela
Alex Sávio
Jundiaí – São Paulo