O arvoredo da alameda
Ainda abriga ninhos-
É palco dos passarinhos-
Que gorjeiam a liberdade,
Mas não margeia os passos
De um casal que passava
Entre beijos e abraços
Tornando o sonho realidade!
Esse par se desfez
E no vazio que ficou,
A saudade ganhou vez
E em nós dois alojou;
Judia dela sem mim
E me castiga sem ela,
O amor tinha portas abertas
Mas se tornou um sentimento
Sem nenhuma fresta na janela;
A solidão emoldura
O coração que soletra,
A sílaba da amargura-
Palavra sem ternura-
Mais fria do que a caneta;
Que sente o calor da mão
Traçando as suas letras!
Escrito por:
Sávio Estrela
Alex Sávio
Jundiaí – São Paulo