As mesmas vozes que aclamaram Hosana Hei
Dias depois gritaram para Ele ser crucificado,
As mesmas mãos que agitaram os ramos
Bateriam os cravos para que Ele fosse pregado;
Esse mesmo quadro continua na atualidade
Dependurado na parede de cristãos vazios,
Decorando o nada de cada um que jura fé
Mas não há raiz e ela seca no primeiro estio!
Os mesmos passos que seguiram os rastros Dele
Mudaram o rumo quando apareceram espinhos,
Os mesmos olhos que buscavam o Seu olhar
Fecharam-se pra Ele e O abandonaram no caminho;
De lá para cá o que mudou são os atores
O filme é o mesmo e Cristo morre na cruz,
Todos os dias no Calvário que a Humanidade
Conserva em si para vitimar outros Jesus!
Os mesmos corações que prometeram beber
Do cálice com Ele, O negaram na hora agá,
E depois arrependidos choraram o amargor
Fazendo do pranto um meio pra se expurgar;
Não se faz necessário um beijo para traí-lo
Basta renunciarmos o dever de te amar;
Essa realidade ainda impera em nossos dias
Nós somos covardes quando é preciso defendê-lo,
Ninguém é capaz de um sacrifício de amor
Jamais daria a vida se fosse para Tê-lo;
A Via Sacra foi se mantendo nas gerações,
A diferença é que hoje nós figuramos nas estações!
Quando puserdes a mesa
Para fazer a refeição Pascal com os seus
Reserve um lugar para Jesus –
Não precisa ser na cabeceira,
Mas na última cadeira,
Que couber em seu coração –
Não esqueça que é a celebração –
Da vitória do Homem da Cruz;
Daquele que viveu as trevas
Para que todos tivessem a Luz,
Portando não vá deixar de fora
A aurora, o dia, o Sol
Que naquele que O ama, reluz!
Escrito por:
Aparecido Sávio
Alex Sávio
Jundiaí – São Paulo