AUTISMO E A RELAÇÃO ALIMENTAR

O autismo é marcado pelo início precoce de atrasos e desvios na habilidade sociais, comunicativas e cognitivas, ocorrendo uma interrupção dos processos normais, sendo considerada uma síndrome comportamental definida. Dentre inúmeros fatores que afetam o autismo, também caracteriza-se uma série de desordens gastrointestinais, como diminuir a produção de enzimas digestivas, inflamação da parede intestinal e a permeabilidade intestinal alterada. Todas estas questões agravam os sintomas dos portadores da doença. Alguns sintomas gastrointestinais frequentes são dor abdominal, diarreia crônica, flatulência, vômitos, regurgitação, perda de peso, intolerância aos alimentos, irritabilidade, dentre outros. Devido a estes sintomas, seria interessante evitar a ingestão do glúten presente no trigo, aveia, centeio e cevada.
Crianças autistas são bastantes seletivas e resistentes ao novo, fazendo bloqueio a novas experiências alimentares. Portanto, é importante ter o cuidado de não permitir que ingiram alimentos que não sejam saudáveis. No momento das refeições, 3 aspectos são registrados: seletividade – limita a há variedade de alimentos, podendo levar a há carências nutricionais; recusa – é frequente a não aceitação do alimento selecionado, mesmo ocorrendo a seletividade, levando a um quadro de desnutrição calórico-proteica; indisciplina – fator contribuinte para inadequação alimentar. A má alimentação e afalta de equilíbrio energético, são motivos de especial preocupação. Em grande parte das vezes, o momento da refeição é acompanhado de choro, agitação e agressividade. O padrão alimentar e estilo de vida de crianças autistas, são diferentes de crianças não autistas, comprometendo seu crescimento corporal e estado nutricional.
As alergias alimentares fragilizam o sistema imunológico, susceptibilizam a deficiências nutricionais, causam alteração na permeabilidade intestinal por desencadear inflamação local promovendo absorção de proteínas de difícil digestão. A intervenção nutricional em autistas é bastante significativa, baseando-se em certas carências, como a existência de alergias alimentares ou a falta de importantes vitaminas e minerais que poderiam causar os sintomas essenciais do autismo.
Devido a alteração na permeabilidade intestinal, a digestão ineficiente de proteínas do leite e do trigo gera repercurções negativas ao cérebro.
Para melhor controle do autismo é importante um acompanhamento de uma equipe multidisciplinar. O nutricionista se faz necessário para auxiliar na prevenção de possíveis deficiências de vitaminas e minerais, melhor orientação no consumo de alimentos e horários de refeições. A busca por um dia a dia mais adequado é importante para uma convivência sadia entre o autista e a família.

Editado e postado por:
Mariana Prado
CRN3 24624
Formada na UNITAU – Universidade de Taubaté
Pós Graduada pela Estácio de Sá em Obesidade e Emagrecimento
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