No ôco do mourão
Na forquilha do marfim,
Na folhagem caída
No tronco do angelim;
Na rama do cedro
No beiral do celeiro,
No relvado do pasto
No cacho do coqueiro!
Os pássaros fazem ninho
Porque sentem o amor,
Adejar com vossas asas
Gorjeando o louvor;
De se ter a liberdade
Ondulando pelo espaço,
E buscar no infinito
Do horizonte o abraço;
Que só sente quem ama
O caminho que é traçado,
Ele voa e não reclama
Se o céu está nublado!
Ser o homem passarinho
Nem nos sonhos poderia,
Pois sendo tão mesquinho-
Com certeza não teria
Nada pra fazer seu ninho;
A não ser que roubasse
O material do vizinho!
Escrito por:
Sávio Estrela
Alex Sávio
Jundiaí – São Paulo